Vermelho Intenso • Debora M. Braur 🇧🇷
- Karen Calazans
- 3 de abr. de 2024
- 12 min de leitura
Atualizado: 11 de out. de 2024
Dark Romance • Fantasia urbana • Hot 🔥 | 📘 Vermelho Intenso • Autor (a): Debora Braur • Editora: Publicação Independente • Ano: 2021 • Páginas: 491 • Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
📕 SHOP NOW • Kindle • Capa comum
Debora M. Braur é uma autora que sabe como envolver seus leitores em histórias de fantasias ~ em todos os sentidos 🔥
Carioca, como euzinha, Debora se declara uma geek assumida, o que fica bem evidente na personagem de Vermelho Intenso. Então, se você se identifica, também vai gostar desse livro.
Já aviso: o título, Vermelho Intenso, é o maior spoiler do que te aguarda!
Esse livro é uma mistura perfeita de tudo que eu amo: romance contemporâneo, fantasia, drama, com uma dose de dark romance e cenas quentes ~ bem quentes ~ 🔥🔥.
A cada página, vivi uma montanha-russa de emoções. Sério, tem momentos de euforia, angústia, e aquela tensão que te faz não querer largar o livro.
Eu até queria dedicar esse livro as minhas avós, mulheres tão inspiradoras… mas tem muita pornografia e palavrão para isso.
🧛 ♥️ 🧛
🔞 Classificação Indicativa: + 18 • 🖤 Subgênero: Dark Romance • ⚠️ Alerta para possíveis gatilhos.
Alice sabe que a vida pode ser cheia de surpresas, e ela tem vivido isso intensamente. Após um evento traumático que a levou a uma clínica de reabilitação, ela está decidida a reconstruir sua vida…
… Até que um vampiro romeno aparece e coloca a sua vida ~ literalmente ~ de pernas para o ar.
Quando o Igor se mudou, tudo começou a desandar.
De volta em casa, Alice tem muito o que pensar. Voltar a normalidade não parece ser tão fácil principalmente que não tem mais seu irmão, Igor, por perto. Não que ela esteja chateada com isso, ele agora mora com alguém que gosta. Mas dói pensar que seu fiel companheiro, seu porto seguro, não está mais no quarto ao lado.
Agora, resta a Alice usar a música como seu melhor amigo para as horas silenciosas, quando os pensamentos, o lado escuro dos pensamentos, decide não se calar.
Se teve algo que mudou a minha forma de ver o mundo durante a minha estadia no hospital, foi a musicoterapia. Não, desculpe, não foi minha forma de ver o mundo que mudou, mas a forma como eu me conecto com ele.
📌 Nota pessoal • com um toque de spoiler: A cabeça caótica de Alice é muito bem descrita, sem mencionar que fica entendido que Alice passou um tempo internada e sua condição depressiva, apesar de ainda não dita com todas as letras, é nítida.
No livro, o pai é apontado como bonzinho e o amoroso; e a mãe é a carrasca que briga e etc e tal. Então quando, nos primeiros capítulos, a mãe parece não ter muita “paciência” para lidar com o quadro depressivo de Alice, deixando a protagonista com pensamentos ainda mais depressivos, é um pouco revoltante, porque sempre pensamos na mãe como “o ser protetor” ~ mesmo que a realidade nos mostre que existem mulheres que fogem a essa regra.
Mas, conforme vamos entendendo um pouco mais a situação familiar de Alice, a gente vê que Heloise é mãe como toda mãe e tem outras formas de demostrar carinho e preocupação com a filha. Mais a frente vemos cenas bem fortes e bonitas de conexão entre as duas, lá pela página 190 e pouco tem uma cena muito legal, onde a gente vê vulnerabilidade das duas, é algo bem “mãe e filha” 🫶
— Você sabe que eu sei que está acordada, não é? Estremeço. A voz é grave, baixa e se arrasta nas consoantes de uma forma diferente. Definitivamente não é alucinação.
Ouvir passos em seu quarto e uma voz com sotaque era, no mínimo, uma alucinação devido os remédios fortes. Só que, para surpresa de Alice, a movimentação em seu quarto, por mais improvável que parecesse, era um vampiro romeno de mais de 300 anos entrando pela janela.
Zaph Petrescu, não apenas exibe uma língua afiada, mas uma aparência atraente.
O estranho é alto... Quer dizer, qualquer um é alto para mim em comparação aos meus míseros um metro e cinquenta e cinco, mas sua estatura se encaixa perfeitamente com o porte abrangente, ajustado em uma camiseta escura, com as mangas encolhidas até os cotovelos, o que exibe seu antebraço definido. Engulo em seco outra vez. Seus cabelos negros repicados se mesclam à penumbra do quarto e deixam ainda mais evidente a pele pálida em contraste. As sombras parecem acomodá-lo, mas seus olhos… Um pequeno sorriso íngreme rompe seus lábios bem delineados, combinando com seu rosto quadrangular. Que delícia de maxilar. Por que eu estou tarando o cara que invadiu meu quarto?!
Passada a constatação de que o estranho é realmente um vampiro, a coisa mais bizarra que Alice poderia fazer ela fez: conversar com ele e aceitar que ele morda seu pescoço e desfrute um pouco do seu sangue.
🤔 Agora me diz: por mais que você tenha super amigas como Júlia e Melissa ~ que até repetiram um ano na escola para ficar com você ~, como que explica a aparição de um vampiro que suga/chupa o seu sangue, e diga-se de passagem você gosta muito da sensação, na sua vida?
⚠️ Spoiler ⚠️
Bem complicado, não é mesmo?! Mas as coisas ficam menos descomplicada quando Alice descobre que uma das suas amigas é uma vampira também 🦇 ~ mas aqui eu não vou revelar qual delas também tem esse pequenininho segredo.
As frequentes visitas de Zaph para “bater uma boquinha” ~ como ele mesmo diz ~ acaba gerando um novo rebuliço dentro de Alice. Algo quente e carnal. E certamente a brincadeirinha entre os Zaph e Alice iria ficar mas séria se sua mãe não tivesse aparecido no quarto de forma abrupta.
— Ele é um vampiro, Alice! — Os orbes castanhos de minha mãe permanecem cravados no rapaz. Ambos se encaram, de lados opostos do quarto. E eu no fogo cruzado. Eu estava a ponto de retrucar, mas paro de boca aberta ao me dar conta do que acabou de acontecer. Espera, o quê? — Há quanto tempo, Heloise.
Definitivamente, Zaph traz consigo segredos sobre o mundo fascinante e perigoso de vampiros e outras criaturas mágicas. Mas o mais importante são as revelações sobre a própria Alice e sua família, o que torna toda a infância e as situações estranhas, como mortes violentas de pessoas próximas, terem mais sentido.
Então com tudo sendo revelado, Alice é perseguida cada vez mais por vampiros querendo especificamente o seu sangue ~ sim, tem um grande motivo por trás disso, mas não vou contar aqui.
Por mais que Zaph, o Tertius do Cinco Grandes ~ 🤫 ~ e Melissa tentem proteger Alice de todos, eles são apenas dois contra vários e outros até mais fortes ~ mais uma vez eu tenho muito o que contar sobre isso, mas aí vai tirar toda adrenalina do climáx.
📌 Nota pessoal: Esse livro é carregado de revelações bombásticas! Se querem spoilers, com certeza vai encontrar na minha avaliação final do livro. Agora, se é de hot que você gosta…
Mesmo que os pais e a família tenham um histórico violento e nada saudável com vampiros ~ afinal, quem teria?! 👀 ~, a aproximação entre Alice e Zaph tinha que ocorre. Os dois estavam conectados pelo destino.
E naturalmente as coisas ~ que já eram quentes ~ começaram a ficar ainda mais intensas.
— Deixe as estrelas saberem quem te faz gozar assim.
☕ Avaliação:
⭐⭐⭐⭐
Logo nos primeiros capítulos eu me identifiquei com muitos pontos da protagonista, Alice. E eu, pelo menos, valorizo muito a identificação com os personagens. Muitas vezes ele é o fio que nos segura para não abandonar a leitura ~ não é o caso de Vermelho Intenso.
Primeiro e o mais importante: se você gosta de música ~ gosta mesmo, daquela que acorda e dorme ouvindo música ~ você vai amar livros como esse que tem sua própria Playlist 🎵
Se não bastasse isso, a Debora criou uma ótima Playlist no Spotify. Recomendo ouvir lendo e também em outros momentos ~ que é isso que estou fazendo inclusive nesse exato momento que escrevo a resenha.
Outro ponto que pode gerar forte identificação com os leitores: bem no início, na apresentação da personagem - assim como a autora -, vemos que Alice é uma daquelas nerds que ama animes, ficção, fantasia… essas coisas ~ E olha que coisa: eu tô bem nessa fase rsrsrsrs 😉
Debora Braur tem um estilo de escrita envolvente e detalhado. Ela utiliza descrições ricas e uma linguagem emocionalmente carregada para transmitir os sentimentos e pensamentos dos personagens.
Outro ponto que me ganhou foi que, ao trazer personagens de outros países como o Zaph [Romênia] e o Jake/Adam [Inglaterra], ela fez questão de fazer aquela mistureba que brasileiro ama, com frases usando os dois idiomas.
— Fată ciudată.*
*[garota estranha, em romeno]
📌 Nota pessoal: Eu não sei vocês, mas quando um estrangeiro aparece, eu ~ tento ~ leio os termos em sua língua natal com sotaque. Mas confesso que o romeno não foi muito fácil e Debora explorou pequenos trechos e palavras em romeno com certa frequência. Uma hora eu acho que estava falando o meu próprio idioma 🤣
Não sei se seria esse bem o termo, mas sua escrita é bem intimista. E em muitas vezes os “pensamentos altos” da Alice eram como se ela estivesse conversando com você, quebrando a quarta parede. Vi isso bastante no início, antes de Alice e Zaph se tornarem um “casal real” e gostava bastante.
Não é surpresa estar calor no Rio de Janeiro, mas hoje parece que o diabo fez sua entrada triunfal! Suei que nem uma porca na educação física. Porcos suam?
📌 Nota pessoal: Eu sou suspeita ~ eu sei 🤭 ~ mas é claro que um livro que se passa no Rio de Janeiro iria me presentear com um cenário MA-RA-VI-LHO-SO 🖤 Mas nem foi ~ e também não foi tão frustrante assim ~. Quer dizer, desde o início a Debora contextualiza que a história se passa no Rio de janeiro, e eu esperava que ela narrasse as principais paisagens ou deixasse pistas de qual bairro Alice mora, mas nada foi abordado nesse sentido. Com excessão das últimas páginas onde os protagonistas estão em um dos pontos turísticos com vista mais incrível.
Precisamos destacar as ilustrações presentes no meio do livro. Eu amei 🖤 lembra um pouco as novels/lights novels ~ e sabendo que a autora gosta desse tipo de conteúdo não me admira ela ter se inspirado.
Na parte de agradecimentos ela destaca esse trabalho realizado por Klayane ~ não achei seu Instagram.
⚠️ É também importante ressaltar que ela trabalha com temas sensíveis, como o estupro e depressão. Inclusive, gostei da sua abordagem sobre isso.
Justamente por serem temas com alertas de gatilhos fortes, ela não “jogou tais informações” no peito do leitor. Houve toda uma construção em cima dos acontecimentos e posso dizer que demorou um tempo considerável para que os temas revelados ou mencionados de forma direta.
Eu confesso que esse foi meu primeiro livro que mescla fantasia + hot e até que me surpreendeu positivamente. A autora não usou de posições mirabolantes ~ particularmente não curto livros com cenas quentes que ficam inventando posições loucas ~, mas a química entre Alice e Zaph deixava algumas cenas picantes e bem empolgantes 🔥
Agora os pontos que me fizeram tirar ⭐ de Vermelho Intenso:
Já que estamos falando de Zaph e Alice, durante todo o livro não identifiquei um desenvolvimento dos personagens.
Acho que já era esperando que Alice mostrasse evolução em relação ao seu quadro clínico, mas não identifiquei um ponto forte no desenvolvimento da sua personagem. E Zaph foi pior ainda, ele permaneceu o mesmo desde o primeiro parágrafo até o epílogo.
~ Mas, Ka, ele é um vampiro de mais de 300 anos que queria matar a Alice e no final foi totalmente contra seus instintos selvagens e se entregou ao amor ~ bom, isso não é desenvolvimento de personagem, né amores?! ~
Ainda sobre os personagens: ficou faltando uma finalização para a Bianca - ⚠️ amiga da Alice e que sofreu abusos do médico enquanto estavam internadas na clínica ⚠️ - e do casal de irmãos que apareceu do nada, sem ter nenhuma importância para a história.
E o ponto mais gritante da fluidez da história: certas partes, quando Alice e Zaph estavam na maior pegação, naquele momento quente, a autora optou por seguir a história com algo TOTALMENTE ALEATÓRIO ao que estava acontecendo antes.
Inclusive, a menina - esqueci o nome dela - dos irmãos que mencionei acima, simplesmente sumiu/foi sequestrada. Só que esse acontecimento veio um parágrafo depois de uma cena de pegação e sexo entre os protagonistas ~ simplesmente eu fiquei: OIII?! 👀 ~
A história teve alguns furos no enredo que eu achei bem surreal, mesmo sendo um livro de fantasia.
⚠️ A partir daqui fortes spoilers ⚠️
Como eu disse antes, essa é uma história com muitas revelações bombásticas. Uma delas é quando descobrimos que o vampiro já foi namorado da mãe, Heloísa e o pai, Gabriel, sabia disso.
Quando os pais pegam o vampiro no quarto da Alice rola o maior fuzuê e é contado uma história muito dramática e muito intensa, história que é totalmente ignorada pela protagonista. Tendo em vista que segundo a mãe, o Zaph matou os seus pais, vulgo a avós da Alice, ela continua encontrando e perdoando o vampiro ~ por que né?! Nada demais!
— Só porque o Nödi nos ligou não quer dizer que você não possa recusar.
E tem mais: inspirando em Crepúsculo, Zaph e Alice tem uma ligação natural e por conta dessa “ligação” e o juramento de sangue que o vampiro fez, os pais de Alice o aceitam: MESMO DEPOIS DELE SER RESPONSÁVEIS POR M@T@AR OS PAIS DE HELOISE, simples assim.
E só para constar, eu fiquei revoltada assim também quando a Bella ficou na fossa por causa de Edward e estaria disposta a TUDO para ter o cara de volta. Eu particularmente não gosto desse traço das protagonistas. Fantasia à parte, existe um limite para loucuras.
Mesmo não gostando desse detalhe, entendo que faz parte da construção da história.
E tem a parte que o leitor aguarda ansiosamente, o climax!
O que antecede o “alto da história” já foi intenso. Debora descarregou nos últimos capítulos o plot twist mais impactante que você pode imaginar.
E também chegamos a parte que todos esperavam ~ era óbvia e não era óbvia ao mesmo tempo ~, quando Zaph transforma Alice.
A transformação foi bem rápida e naquele momento eu me senti lendo Crepúsculo • Stephenie Meyer • outra vez. Até bateu um pouco de nostalgia.
Esse não é um ponto negativo, mas me lembrei agora: o livro tem um epílogo narrado por Zaph ~ durante todo o livro foi Alice a narradora. Ele não traz nada demais, mas eu amo quando tem trechos ou o autor intercala narradores.
Para mim, Debora M. Braur fechou bem o seu livro e deixou essa leitora satisfeita.
O ceifador que pode vir te buscar, talvez seja mais gentil do que o anjo de asas douradas. Pensar na morte como algo obscuro é se atormentar sem necessidade. É o mesmo que pensar na vida como apenas uma passagem de tempo limitado, onde precisamos correr porque pode acabar a qualquer momento. Estar vivo é determinar seu próprio tempo, aprender a manejá-lo. A morte nada mais é do que o sinal de que você já absorveu tudo o que tinha de absorver. Não é questão de ter um propósito, mas sim de ser o propósito. É algo natural, não é o fim nem o começo, e virá quando tiver de vir. E é por isso que eu sei que a Julia, meus primos, tios e milhares de outras pessoas estão bem. É por isso que meu coração está leve.
Vermelho Intenso é a perfeita mistura de segredos revelados, aventuras eletrizantes e pegação. Sua narrativa, mesmo que falhe às vezes em reter a atenção do leitor, é uma trama equilibrada de momentos de sensibilidade e humor.
Sem mencionar que oferecendo uma abordagem bem brasileira ~ com um toque de nostalgia [Alô, fãs de Crepúsculo] ~ do universo dos vampiros.
Humm, beijo e sangue, que delícia.
🧛 ♥️ 🧛
📚 Extra
Em breve: "Vivi"
Antes vocês conheceram a história de Alice e Zaph. Logo vocês conhecerão a de Elis e Veeran numa aventura repleta de bruxarias...
Lembra o casal de irmãos que apareceram aleatoriamente e uma delas sumiu/foi sequestrada do nada? É a Elis!
Enquanto eu estava buscando informações sobre a autora, eu vi no site dela os seus livros e estava esse. Quando eu bati o nome nos protagonistas do seu novo livro, lembrei o nome da garota: Elis.
Continuo achando que foi totalmente aleatório inserir ela na narrativa de Vermelho Intenso sem uma participação significativa. Mas… como eu acompanho a Débora no Instagram, eu já tinha visto ela soltaram um spoiler de que a protagonista do novo livro, Vivi, tinha aparecido em Vermelho Intenso. Agora ficou meio que esclarecido ~rsrsrs.
Ficou interessado? Já tem spoiler no perfil da autora.
🧛 ♥️ 🧛
📕 SHOP NOW • Amazon Kindle • Capa Comum
📖 Sinopse: Nada é o que parece. E Alice sabe bem disso...
Após um “incidente” que a levou para uma clínica de reabilitação, Alice está pronta para recolocar sua vida de volta nos trilhos. Ela sempre viveu acontecimentos estranhos: pessoas próximas morrendo violentamente, sua mente a sabotando a cada segundo, nada fora do comum para uma adolescente, certo? Mas, de longe, o mais inusitado foi a aparição de um vampiro na janela de sua casa. Um vampiro de língua afiada e que não esconde desde o primeiro momento sua atração por Alice.
Quando Zaph Petrescu entra em sua vida, traz consigo descobertas não somente sobre o universo fascinante e perigoso das criaturas mágicas que vivem entre nós, mas verdades sobre a própria Alice.
Entre segredos revelados e aventuras passadas no Rio de Janeiro, Alice e Zaph prometem tirar seu fôlego em uma história arrebatadora, sensível e com uma pitada de humor que não se vê em qualquer clã de vampiros.
Lembre-se: o nome não é VERMELHO INTENSO à toa...
Comentários