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Foto do escritorKaren Calazans

Quem é você, Alasca? • John Green

Romance | 📘 Quem é você, Alasca? • Autor (a): John Green • Editora: WMF Martins Fontes • Ano: 2010 • Páginas: 240 • Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

 

John Green é um renomado autor norte-americano conhecido por sua habilidade em criar narrativas profundas e emocionantes que cativam os leitores de todas as idades.


Ao longo de sua carreira, o autor conquistou uma base sólida de fãs e recebeu inúmeros prêmios e honrarias por suas contribuições para a literatura jovem adulta.


Inclusive, eu sou bem fã, acumulando mais títulos do que eu imaginava 🤭


Seus livros, incluindo Quem é você, Alasca?, são amplamente aclamados pela crítica e pelo público, tornando-o um dos autores mais influentes e admirados dos últimos anos.



‼️ Curiosidade:

→ Apesar do sucesso de A Culpas das Estrelas, Quem é Você, Alasca? é o livro de estreia de John Green.

→ Nascido em Indianápolis, Indiana, em 1977, John Green estudou inglês e religião na Universidade de Kenyon, onde desenvolveu sua paixão pela escrita. Após a graduação, trabalhou como editor e produtor de vídeos educacionais antes de se dedicar integralmente à carreira de escritor.


📚 Atualização


→ Desde setembro/2014 a Editora Intrínseca possui os direitos de Quem é Você, Alasca?

→ No Brasil, o livro tem, pelo menos, 7 capas. Só a WMF Martins Fontes, que possuía os direitos do livro, publicou quatro edições com capas diferentes ~ acho que é o título com mais variações eu já vi, rsrsrsrs.


  1. Capa popular, capa dura (que é a que eu tenho) - 5° edição de 2014, pela Martins Fontes

  2. Capa da 1° edição, pela Martins Fontes.

  3. Capa especial com sobrecapa (imagem), pela Martins Fontes

  4. Capa da edição colecionador/quadrinhos (imagem), pela Martins Fontes

  5. Capa edição do leitor (imagem), pela Martins Fontes

  6. Capa popular, pela Intrínseca

  7. Capa comemorativa de 10 anos (imagem), pela Intrínseca

  8. E com a adaptação de série, o livro ganhou mais uma versão de capa.


Foto/Reprodução: Editora Intrinseca • Edição comemorativa de 10 anos
Foto/reprodução: Martis Fontes • A editora publicou simultaneamente quatro capas diferentes.



✿ ✿ ✿

“Então, esse cara”, eu disse, parado à porta. “Fraçois Rabelais. Era poeta. Suas últimas palavras foram: ’Saio em busca de um Grande Talvez.’ É por isso que estou indo embora. Para não ter que esperar a morte para procurar o Grande Talvez."

Miles Halter é um adolescente obcecado pelas últimas palavras de figuras históricas. E inspirado pelas “últimas palavras” do poeta francês François Rabelais, ele decide deixar sua vida monótona na Flórida para estudar em Culver Creek, um colégio interno no Alabama.


Lá, ele conhece Chip "Coronel" Martin, seu colega de quarto, e Takumi Hikohito, seu amigo. Porém, a figura que mais chama a atenção de Miles é Alasca Young, uma garota enigmática por quem ele se apaixona instantaneamente.


Enquanto Miles se adapta à vida em Culver Creek e desenvolve sua amizade com Chip e Takumi, ele se vê numa complexa mistura de fascínio, admiração e confusão por Alasca.

“Isso é ridículo. Ela não estava pensando no Jake, não estava brigando com ele. Estava me beijando. Tentei falar sobre o Jake, mas ela sshh fez pra mim”.

Quanto mais Miles se envolve nos altos e baixos emocionais de Alasca, tentando compreender suas motivações e o significado de suas ações, mais ele é desafiado a confrontar suas próprias emoções e a questionar o verdadeiro significado do amor e da amizade.


Mas a história tem uma reviravolta marcante na metade do livro, quando uma tragédia ocorre, abalando profundamente os personagens e mudando o rumo da narrativa.


A partir desse ponto, Miles e seus amigos são confrontados com questões sobre vida, morte, amor e redenção.


O desfecho do livro reserva algumas revelações inesperadas, que nos faz pensar sobre as escolhas e consequências das ações dos personagens.

(…) Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei beliche de baixo, pensando o que, se as pessoas fazem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.
 

Quem é você, Alasca? pode não surpreender pela originalidade, a estrutura do livro certamente o é.


Dividido em duas partes distintas - "Antes" e "Depois" - a narrativa toma um rumo inesperado exatamente no meio, quando uma tragédia abala os personagens e redefine o rumo da história.


Eu, particularmente, me envolvi mais com a segunda parte. Os conflitos dos personagens ganham uma profundidade maior após a tragédia, levando a história por caminhos mais intensos.


A escrita de John Green não deixa a desejar, capturando bem a essência da juventude e abordando questões existenciais de forma sensível. Às vezes a leitura ficava um pouco repetitiva ~ Green não poupou esforços em trazer os jovens bem no auge da sua adolescência, com muitos porres e outras atitudes típicas da idade.


Mesmo com esses momentos onde a história parecer um pouco arrastada, a leitura é garantida pela habilidade de John Green em manter o ritmo narrativo.


⚠️ Detalhe: os diálogos são representados com as aspas duplas (“ “). Particularmente não gosto dessa forma, mas nesse livro, acredito que foi uma escolha conveniente. Não sei se vou conseguir expressar como eu gostaria, mas me parece que ao usar as aspas duplas no lugar do travessão, deu mais sentido à história.


Leitores de plantão amam referências literárias, e John Green caprichou nessa parte. Enquanto Miles se identifica com a última frase de Rabelais, Alasca, uma leitora ávida, fica intrigada com as últimas palavras de Simón Bolívar, mencionadas em "O general em seu labirinto" de Gabriel García Márquez: "Como vou sair desse labirinto?".

“Esperem”, eu disse. Fui até o escritório do papai e achei a biografia de François Rabelais. Eu gostava de ler biografias de escritores, mesmo que (como era o caso com o Monsieur Rabelais) não tivesse lido nenhum dos seus livros. Olhei as últimas páginas encontrei uma citação de destacada com marca texto. (”NÃO USE MARCA-TEXTO NOS MEUS LIVROS”, meu pai disseram melhores de vezes. Mas de qualquer outra forma eu irei encontrar o que estava procurando?)

👆 Essa citação tem tudo o que eu amo: referência literária e a menção clara de que é maldade usar marca-texto nos livros ~ POLÊMICA!


Quanto ao desenvolvimento do protagonista e dos personagens, eu destaco a complexidade e profundidade psicológica de Alasca Young, enquanto Miles passa por um crescimento pessoal significativo ao longo da narrativa.

(…) Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação.
 

☕ Avaliação

⭐⭐⭐⭐


Meu primeiro contato com Jonh Green foi através de A culpa é das estrelas ~ e gente, que livro é esse! ~ Então eu fiquei muito empolgada quando ganhei de no “Amigo Oculto literário” Quem é você, Alasca?, mas talvez eu tenha me empolgado demais, afinal são histórias completamente diferentes.


Mas vamos aos fatos: ele também conseguiu balancear com maestria a tristeza e o humor, explorando os principais temas do livro: amadurecimento, luto, perdão e autoconhecimento.


Apesar disso, não consideraria esse livro para releitura, por exemplo. Apesar de dar “quatro estrelas”, Quem é você, Alasca? está mais para um 3,5. Acho que isso se deve um pouco por eu não ter mais o público-alvo do livro, mas não vou mentir dizendo que não tem personalidade.

Eu sempre amaria Alasca Young, minha vizinha pervertida, com todo o meu pervertido coração.

✿ ✿ ✿


📖 Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

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