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Foto do escritorKaren Calazans

Princesa adormecida – Paula Pimenta


Era uma vez uma princesa… Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida. Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única. Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim…

Título: Princesa Adormecida 🔹 Autor (a): Paula Pimenta 🔹 Editora: Galera Record Ano: 2014 🔹 Páginas: 192 🔹 Classificação: 2/5

Como esperado pelo título, a história é sobre uma princesa, moderna, mas ainda assim princesa. Como um conto de fadas, um rapaz e uma moça se conhecem e daí despertou uma intensa paixão. O rapaz e a moça se casaram e tiveram uma filha. Como toda história tem um vilão, a felicidade do casal e da filha, Áurea Bellora, é constantemente ameaçada pela inveja de uma mulher ciumenta que não aceitava ver o homem que amava com outra. Para se vingar a vilã resolve sequestrar a criança, no entanto, ela não esperava que um corajoso garotinho visse o crime e a delatasse. Após o trauma do sequestro e ainda tendo a sequestradora foragida, o casal decidem que a melhor forma de proteger a filha é mandá-la para o Brasil para viver com os seus três tios maternos até que a vilã seja encontrada.

A menina teve sua identidade mudada para que crescesse longe da agitação e confusão do sequestro. Aos dezesseis anos e estudando em um colégio interno, ela pouco se lembra de sua infância e vive sobre a superproteção dos tios. Apesar de não entender o cuidado excessivo com ela, Anna Rosa os amava, mas quando suas amigas a convence sair do colégio para comemorar seu aniversário de 16 anos, ela desobedece pela primeira vez os seus tios. O que ela não esperava era que aquela breve saída fosse mudar completamente o rumo da sua história.

📚 Concluindo…

Confesso que a literatura infanto-juvenil brasileira atual nunca me atraiu muito, mas certamente Paula Pimenta é uma das minhas exceções. Meu primeiro livro da autora foi Minha vida fora de série e fiquei encantada com a escrita leve e espontânea. Porém por ser uma literatura na qual eu não tenho muito interessar não li outros títulos dela. Até que eu ganhei Princesa Adormecida. É fato que demorei mais de um ano para lê-lo, mas quando eu comecei não durou nem dois dias.

Infelizmente o fato de eu ter lido o livro tão rápido não está ligado a uma história que me prendesse, mas por ser uma leitora compulsiva queria terminar o mais rápido aquela história sem graça e previsível. Na verdade, esperava que no final eu me surpreendesse.

O livro é escrito em primeira pessoa através do pronto de vista da protagonista, apesar do tom de relato, não possui muitas descrições ou profundidade, a não ser que você seja uma pré-adolescente, dificilmente irá sentir grande emoção. Mesmo assim Paula Pimenta trouxe uma certa magia e brilho à história, fazendo com que os leitores torçam pela protagonista da mesma forma que torceu nos contos de fadas da Disney.

– Rosa, como é estar apaixonada?

Eu pensei em fingir que já estava dormindo ou dizer novamente que aquilo não era paixão. Mas, em vez disso, peguei meu celular e falei:

– Não sei. Mas isso que estou sentindo é uma euforia louca que me dá vontade de sair dançando pelos corredores da escola… mas ao mesmo tempo esconde uma tristeza sutil, que parece moral no lugar mais fundo do coração. E isso tudo me faz sorrir e chorar, por ser tão bom e colorido ao mesmo tempo. Dá para entender?

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