Após seu mais recente e traumático pé na bunda – o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine – Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Título: O Teorema Katherine 🔹 Autor (a): John Green 🔹 Editora: Instríseca 🔹 Ano: 2013 🔹 Páginas: 304 🔹 Classificação: 3/5
John Green cresceu em Orlando, Flórida, a uma pequena distância da Disney World. Se mudou para Ohio para cursar a universidade, onde estudou Inglês e Religião. Por vários meses antes se graduar, John trabalhou como capelão em um hospital infantil. Enquanto estava lá, teve a inspiração para escrever seu primeiro romance, Quem É Você, Alasca?, que se tornou um bestseller nos Estados Unidos. O segundo romance de John, An Abundance of Katherines (O Teorema Katherine), foi publicado em 2006 e se tornou finalista do Los Angeles Times Book Prize e também nomeado livro de honra do Michael L. Printz.
Ah.. o Teorema!
Colin Singleton não é nenhum personagem de grande estrutura física. Descrito com “sua quase ausente, mas nada defina barriga”, cabelo afro-judeu e ossudo e um tanto perturbado psicologicamente. Mas graciosamente amado.
A culpa é das estrelas nada tem a ver com esse livro. Mais divertido e intrigante, Colin Singleton é um jovem prodígio que ama Katherines e que foi dispensado por todas as dezenove, ou quase isso.
E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem – Deus o livre – Catherines.
Quer dizer, você sair por aí com o amigo e parar numa cidade qualquer e descobrir nela o pedaço que faltava da sua pizza é meio clichê. Mas para Colin não foi um lugar qualquer:
(…) Mas Colin sabia que o universo não conspirava para colocar uma pessoa em um local em vez de outro. E pensou em Demócrito ‘Em todo lugar o homem culpa a natureza e o destino, embora seu destino seja nada mais que o eco de seu caráter e suas paixões, seus erros e suas fraquezas’. Então não foi uma obra do destino, mas sim o caráter e as paixões de Colin Singleton, seus erros e suas fraquezas que o levaram a Gutshot.
Entre gráficos, anagramas, histórias e rodapés, descobri um mundo desafiador. Narrado na terceira pessoa, o autor nos permitiu ser mais um personagem, ser amigo de Hassan, Lindsey, Hollis e Colin.
Colin quer entender o motivo de sua existência, ou melhor, o motivo de Katherines serem Terminantes e o Colin ser o Terminado. A história é a criação de um Teorema que desvenda o futuro, que define quem é o terminante e quem é terminado e em quanto tempo, ou seja, o futuro de uma relação. É, dá certo!
📚 Concluindo…
E a moral da história? Bom, a moral…
Eles se pegou pensando que, talvez, as histórias não apenas façam com que tenhamos importância um para o outro – talvez elas sejam também o único passaporte para a importância infinita que ele vinha perseguindo há tanto tempo.
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