Romance | 📘 Eu e Esse meu Coração • Autor(a): C.C. Hunter • Editora: Jangada • Ano: 2018 • Páginas: 424 • Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐
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Leah MacKenzie é uma garota de 17 anos que vive com um coração artificial dentro de uma mochila. Com um tipo sanguíneo raro, ela realmente não acredita que vai ter a chance de um transplante e espera, conformada, o dia que vai morrer.
No entanto, o inimaginável acontece. Quando Leah recebe a notícia de que há um coração disponível, ela tem uma segunda chance de vida que jamais ousou sonhar…
“Sonhar”. São seus sonhos que transformam a alegria por ter uma vida normal novamente em choque quando Leah descobre que o doador é Eric, um garoto da sua escola que supostamente se suicidou.
Sei que o coração é do Eric. Não só por causa do tipo sanguíneo ou da data da morte dele. Mas por causa dos sonhos.
♥️ ♥️ ♥️
Um romance adolescente delicioso com uma pitada de suspense é o que eu encontrei em Eu e Esse meu Coração.
Leah, uma garota de 17 anos, vive uma vida diferente: ela carrega seu coração artificial em uma mochila. Isolada em casa e sem esperanças de um transplante, ela se acostumou com a ideia de que seus dias estão contados.
Apesar de não poder mais frequentar a escola, Leah não quer abandonar o estudo e insistiu em terminar pelo menos o ensino médio. Por isso, ela tem aulas particulares em casa. Mas, em um belo dia, entre os seus dias monótonos, sua professora não pôde comparecer e manda um substituto de última hora.
Quem ela vê na entrada da sua casa simplesmente é Matt. Ou Eric. Ela não sabe mais ao certo. Apesar de irmãos gêmeos idênticos, Leah se lembra de que existiam algumas pequeninhas diferenças entre eles.
E por que ela sabia dessas diferenças tão sutis? Bom, quando ainda frequentava a escola, como uma garota normal, ela tinha uma quedinha por Matt.
Leah sempre soube que, devido a sua condição sensível, as pessoas a trariam ~ assim como os seus pais já a tratam ~ como uma boneca de porcelana, facilmente quebrável. Então quando Matt ~ ou Eric ~ é simpático e age normalmente, ela se sente mais relaxada com a situação.
📌 Nota: mesmo que ainda bem desconfortável por estar ~ provavelmente ~ na frente do garoto que ela tinha um crush, com uma aparência nada nada vaidosa e ainda por cima com o coração artificial saindo do seu corpo.
Animada pela conversa e por estar ~ talvez ~ na companhia de Matt, ela arrisca numa brincadeira que acaba num beijo de ficar ofegante e tudo 🥰
Então me dou conta! Sinto algo que não sentia havia muito tempo. Emoção. A emoção de uma garota diante de um garoto, não a emprestada dos romances que leio.
Por mais que Leah ~ literalmente ~ viva um dia de cada vez, ela acaba nutrindo em seu “coração” a esperança de que o garoto que ela acabou de beijar (01) seja o seu crush Matt e, o mais importante, (02) que ele vai ligar para ela.
📌 Nota: sim, a aula acabou ela não teve a confirmação de qual gêmeo esteve na sua casa.
No início do livro ~ o que provavelmente é o prólogo ~, eu fiquei um pouco confusa.
Ao contrário da sinopse, que chamou a minha atenção, a gente vê o ponto de vista de Eric Kenner narrado na terceira pessoa…. Mas então, foi maravilho, no capítulo 2, perceber que esse seria o ponto de vista de Matt, também na terceira pessoa.
📌 Nota pessoal: essa leitora adora histórias com mais de um narrador ou pontos de vista.
E assim, na mesma noite, Matt conta que beijou Leah ~ e descobrimos que o crush de Leah era correspondido 🤩 Anos atrás, Matt queria chamá-la para sair, mas Trendy ****~ ex da Leah ~ chegou primeiro.
Depois do beijo, ele não consegue pensar em outra coisa, tudo o que ele mais quer é manter o contato com Leah. Mas Eric, seu irmão gêmeo, o lembra que, no cenário atual, não seria uma ideia muito “saudável” para Matt.
📌 Nota: Eles acabaram de perder o pai e estão acompanhando a mãe em estado de depressão, o fato de Leah corre risco de vida, não garante que Matt vai conseguir superar mais uma perda.
Matt e Eric sempre tiveram uma conexão muito forte, e quando Matt desperta no meio da madrugada, completamente perturbado e sentindo dores, ele sabe que algo está extremamente errado com o irmão.
Não demora para que recebam a notícia de que Eric está morto.
Matt e Eric compartilhavam uma ligação tão profunda que, naquela madrugada, quando Matt despertou sobressaltado, um aperto no peito e uma sensação de angústia o dominaram por completo. Ele sentia, em cada fibra do seu ser, que algo terrível havia acontecido ao seu irmão.
As horas seguintes foram uma tortura. A espera angustiante por notícias, o telefone que não tocava, a crescente sensação de que o pior havia se concretizado. E então, a confirmação chegou, implacável e cruel: Eric havia partido.
Naquela situação já tão difícil, além de lidar com a perda do irmão e o desespero da mãe, ver a garota que, há poucos dias, havia lhe dado o beijo mais desejado, entrar no hospital para receber o coração do irmão foi devastador.
📌 Nota: para bom entendedor, um pingo é letra. Matt e Eric possuíam o mesmo tipo sanguíneo que Leah, não seria coincidência ela estar lá.
A última coisa que sinto é uma lágrima deslizando. A última coisa que penso é eu não quero morrer. Eu quero viver. Nem tanto por mim, mas por eles.
E dessa forma Leah recebe o seu novo coração.
Seguindo o protocolo, Leah não sabe quem era o doador, mas ela tem uma suspeita muito grande por causa dos sonhos constantes. Neles, ela está numa floresta, aparentemente fugindo, e uma voz reverbera, claramente raivosa. Mas por alguma razão, Leah sabe que não é dela o sonho.
É Eric.
Um misto de emoções a invade e imagina se Matt sabe. Afinal, ele nunca ligou para ela e havia uma remota possibilidade dele odiá-la por carregar o coração do irmão.
Vendo que Matt não está convencido de que Eric realmente cometeu suicídio, Leah decide compartilhar seus sonhos com ele. Quando se encontram, eles percebem que ambos têm sonhos estranhos.
Então, qual é a verdade sobre a morte de Eric?
Todos, inclusive o detetive responsável pelo caso, acreditam que Eric estava deprimido após a morte do pai e o término com Cassie. Mas Matt, que conhecia o irmão melhor do que ninguém, tinha certeza de que havia algo mais por trás daquela história.
Com isso, Matt, que havia se afastado de vários amigos, encontrou em Leah um apoio inesperado. Não apenas porque ela era a única que genuinamente acreditava em sua versão sobre a morte de Eric, mas também porque ambos sentiam uma forte atração mútua.
A grande questão, porém, era: quem acreditaria em uma história baseada na ligação entre irmãos e na conexão entre um doador de órgãos e seu receptor?
Pensa em Eric. Sobre ele ter morrido e ainda assim não ter partido completamente. Estou com coração dele. E o meu próprio já morreu. É por isso que eu não me sinto o mesma?
Em sua busca conjunta por respostas, Matt e Leah se veem cada vez mais próximos.
A química entre Matt e Leah é inegável, e a cada capítulo eu ficava dividida entre a euforia de descobrir os segredos que Cassie, ex-namorada de Eric, escondia sobre o dia da sua morte, e a excitação da minha adolescente interior de acompanhar os momentos de conexão e o amadurecimento do relacionamento entre Matt e Leah.
Ele ri. Perto como está, consigo distinguir tons diferentes na risada dele. Um tom mais grave e depois ligeiramente mais agudo. Adoro esse som. E toda vez que ele ri, sua risada parece menos enferrujada.
E não só isso:
Para Matt, Leah representava um novo caminho após tantas perdas, mesmo que ~ às vezes ~ pensar que o fato de ela ter o coração do irmão gerasse uma dúvida inquietante: seria Eric o verdadeiro elo entre eles?
E pela primeira vez em muito tempo, Leah vislumbra um futuro. No entanto, nada era como antes. A Leah antes da doença, em vários aspectos, é diferente da Leah de agora.
Ahh, sim! Tem um suspense no meio da história 🤭
Não é preciso ser uma grande leitora de suspense para começar a juntar as peças e criar suas próprias teorias sobre o que aconteceu com Eric. A revelação da verdade não é decepcionante, e embora seja previsível, a autora soube adicionar detalhes que tornam a história plausível e interessante.
📌 Nota pessoal: eu fico bem irritada com algumas atitudes dos protagonistas nessa ingenuidade de descobrir a verdade sozinhos. Por puro enredo, eles não se deram mal.
— Eric não se matou! — Cassie enxuga as lágrimas e fita Matt nos olhos. — Eu sinto muito.
☕ Avaliação:
⭐⭐⭐⭐⭐
Um romance young adult cheio de clichês deliciosamente bem explorados e um suspense de pano de fundo extremamente interessante.
É esse pano de fundo que torna Eu e Esse Meu Coração realmente interessante.
A forma como a narrativa explora a conexão entre irmãos gêmeos e entre doador x receptor de órgãos é quase sobrenatural. Em alguns momentos, achei que a autora estava viajando na maionese, e que seria impossível os sentimentos compartilhados pelos personagens não serem reais.
Mas a autora foi maravilhosa em tudo o que falou e colocou sobre pacientes transplantados. E quando você pensa "acabou o livro, né?!", ela explora uma Leah com crise existencial, a ponto de rejeitar o órgão transplantado há mais de seis meses. Os detalhes do que a protagonista e os outros personagens estão sentindo são muito palpáveis. Fiquei realmente emocionada nessa parte.
— Você tem razão. Não posso prometer a você que não acontecerá outra vez. E mais outra. Não posso prometer que não vai ter câncer. Mas o que você vai fazer no intervalo entre todas essas vezes é o que faz diferença. Porque assim é a vida, Leah. Sem promessas. Sem garantias. Mas, com sorte, você poderá usar esse tempo para fazer alguns sonhos se tornarem realidade.
Tanto no início quanto no final do livro, a autora compartilha sua experiência pessoal com o transplante de um ente querido, o que, na minha opinião, confere ainda mais veracidade aos sentimentos retratados na história. Essa vivência pessoal da autora enriquece a narrativa, tornando cada emoção mais palpável e autêntica.
Eu e Esse Meu Coração é uma trama leve e divertida que, conquistou minha atenção desde o primeiro capítulo. Geralmente, eu diminuo a nota quando o livro tem páginas desnecessárias, e este poderia ter entrado nessa lista. No entanto, apesar de algumas falhas no enredo, C.C. Hunter apostou em uma narrativa muito fluida, o que me manteve entretida do início ao fim.
Espero que tenha gostado da história. Espero que ela o inspire a viver sua vida ao máximo. A começar agora sua lista de coisas para fazer antes de morrer e ticar cada um dos itens. Espero que você até decida se tornar um doador, para ajudar outra pessoa a ter uma segunda chance na vida.
Sobre a autora
C.C. Hunter, pseudônimo de Christie Craig, é uma autora americana conhecida por suas obras de fantasia e romance paranormal.
Sua série mais famosa, Shadow Falls, ~ diga-se de passagem, é bem diferente de Eu e Esse meu Coração ~ acompanha a jornada de uma adolescente que descobre ser uma híbrida, meio vampira e meio fada, e passa a frequentar um acampamento para seres sobrenaturais.
Sob o nome Christie Craig, a autora também escreve romances contemporâneos e thrillers românticos para adultos.
Sua escrita é conhecida por ser envolvente, com personagens cativantes e tramas emocionantes que exploram temas universais como amor, perda, superação e a busca por identidade.
Esse foi o meu primeiro contato com a autora e devo dizer que espero ler ~ muito em breve ~ seus outros títulos.
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📖 Sinopse: Leah MacKenzie, de 17 anos, não tem coração. O que a mantém viva é um coração artificial que ela carrega dentro de uma mochila. Com seu tipo sanguíneo raro, um transplante é como um sonho distante. Conformada, ela tenta se esquecer de que está com os dias contados, criando uma lista de “coisas para fazer antes de morrer”. De repente, Leah recebe uma segunda chance: há um coração disponível! O problema é quando ela descobre que o doador é um garoto da sua escola – e que supostamente se matou! Matt, o irmão gêmeo do doador, se recusa a acreditar que Eric se suicidou. Quando Leah o procura, eles descobrem que ambos têm sonhos semelhantes que podem ter pistas do que realmente aconteceu a Eric. Enquanto tentam desvendar esse mistério, Matt e Leah se apaixonam e não querem correr o risco de perder um ao outro. Mas nem a vida nem um coração transplantado vem com garantias. Quem diria que viver exige mais coragem do que morrer?
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