Suspense | 📘 A Última Festa • Autor (a): Lucy Foley • Editora: Intrínseca • Ano: 2020 • Páginas: 304 • Avaliação: ⭐ ⭐ ⭐ ⭐
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Deve um velho amigo ser esquecido E nunca mais se pensar nele?
Em A Última Festa essa questão se torna angustiantemente real.
Um grupo de nove amigos de longa data se reúne para celebrar o Ano Novo como fazem todos os anos. Mas a virada para 2019 reserva um destino trágico: um deles não sobreviverá à festa.
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Todos os anos, um grupo de nove amigos ~ Miranda, Julien, Samira, Giles, Nick, Bo, Mark e Emma ~ de longa data se reúne para celebrar o Ano Novo.
Na virada de ano para 2019, Emma é a anfitriã e se esforça ao máximo para que tudo saia perfeito. Ao se casar com Mark, Emma se viu dentro do grupo de amigos de seu marido, os mesmos que sempre se reúnem e ela se esforça o máximo para tentar se encaixar e agradar a todos, principalmente Miranda.
O grupo se conheceu na época da faculdade, mas com os anos foram se afastando e a festa de ano novo meio que se tornou o encontro anual.
📌 Nota pessoal: naturalmente as pessoas mudam e claramente o grupo como um todo e as amizades (como o trio Katie, Miranda e Samira) não estão mais na mesma sintonia. Isso fica claro com as desavenças e as provocações que já começam cedo a caminho do luxuoso e isolado chalé nas Terras Altas da Escócia.
A confraternização acontece em um lugar afastado, e por causa da nevasca impossibilita a saída (ou entrada de qualquer pessoa, inclusive resgate ou polícia).
📌 Nota: precisamos ressaltar que o cenário aqui é importante, descrito como lindo e selvagem ao mesmo tempo. Um refúgio remoto cercado por montanhas e lagos, perfeito para um retiro tranquilo.
Ninguém parece se preocupar tanto com isso, até que um deles desaparece e é encontrado sem vida no primeiro dia do ano. A partir daí, a trama se desenrola em meio a suspeitas, segredos e muitaasss revelações do passado ~ e do presente também.
Tudo mostra que não foi acidente, e sim assassinato. Quem será o assassino se todos eram, aparentemente, amigos?
Descobrimos que as relações entre eles são complexas e carregadas de mágoas e ressentimentos. Há traições, inveja e jogos de poder que foram se acumulando ao longo dos anos.
☕ Avaliação:
⭐ ⭐ ⭐ ⭐
A receita é boa, mas neste livro, a autora Lucy Foley entregou uma trama bastante irregular. Com momentos bons e outros bastante ruins.
👎
A premissa de A Última Festa nos leva a imaginar que o tema central será a investigação do crime que foi cometido, mas não é bem por aí. Acompanhamos muito mais os dramas, intrigas e mentiras dos personagens até o ponto em que descobrimos o que aconteceu.
Então, esse é muito mais um livro de drama onde ocorre um assassinato do que um thriller investigativo.
👍
A narrativa é construída de forma que eu particularmente gosto, alternando entre diferentes perspectivas (narradores) e linhas do tempo, o que nos mantém em constante suspense e dúvida sobre quem é o verdadeiro assassino.
👎
Outra falsa sensação causada pela sinopse é de que temos uma intricada trama envolvendo os nove amigos. Nada disso.
Apenas três a cinco desses personagens ~ Emma, Mark, Miranda, Julies e Katie ~ são realmente importantes e só três deles têm pontos de vista: Emma, Katie e Miranda.
É através das narrativas delas que vamos acompanhando as tensões de uma relação de tantos anos, amizades que se mantém mais pelo costume do que por afinidade, além de, é claro, vermos as mentiras que os cercam.
Nenhum personagem em particular foi “interessante” para mim ou gerou alguma identificação ~ a Miranda inclusive me fez passar bastante raiva.
👍
Maaasss não posso negar que a autora explora as complexidades do ser como indivíduo e das relações humanas, revelando como amizades aparentemente sólidas podem esconder rancores e traições.
👎
Temos a alternância de dois pontos de vista de fora do grupo: Hether, a gerente do hotel e Doug, o guarda-caça. Que sinceramente não tem relevância nenhuma para o climáx da história, parece que eles só foram inseridos mesmo para ser o “ponto” que narra os acontecimentos do presente de forma neutra.
Tirei ⭐ da minha avaliação ~ mas na verdade minha nota final seria 3,5 ~ por causa do enredo e dos personagens que em muitos pontos não me agradaram.
A narrativa no final para mim foi a mais interessante, com um plot twist que revela a identidade do assassino e os motivos por trás do crime bem construído atrás de um pano de amizades tóxicas, e para mim esse é o principal ponto do livro, ressaltando que “amigos de longa data” não são eternos.
Alguns vínculos precisam ser quebrados.
📌 Nota: mais segredos que não envolvem o grupo são revelados ~ e isso foi bem: Hmmm, 🤔
Recomendo? Só se você estiver a fim de uma leitura focada em um mistério envolvendo dramas pessoais. É uma leitura bem fluída, com alguns mais baixos do que altos, mesmo que eu tenha gostado da resolução do “quem matou e por que”.
Sobre a autora
Lucy Foley é uma autora britânica de thrillers psicológicos que se tornou conhecida por seus romances cheios de suspense e reviravoltas. Ela estudou Literatura Inglesa na Universidade de Durham e trabalhou como editora de livros antes de se dedicar à escrita em tempo integral.
Alguns dos seus outros livros populares inclui A Lista de Convidados, onde também apresenta um grupos de personagens, onde segredos obscuros e tensões ocultas vêm à tona, levando a consequências dramáticas.
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📖 Sinopse: Todo ano, nove amigos comemoram o réveillon juntos. Desta vez, apenas oito vão voltar para a casa depois da festa.
Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas.
No entanto, as tensões começam já na viagem de trem — o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos.
E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino.
Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A última festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?
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