Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.
Título: A Seleção #1 🔹 Autor (a): Kiera Cass 🔹 Editora: Editora Seguinte 🔹 Ano: 2012 🔹 Páginas: 368 🔹 Classificação: 5/5
Nascida na Carolina do Norte em 1981, Kiera Cass percorreu muitos caminhos até se tornar escritora. Quando terminou o ensino médio, sua ambição era o teatro, e foi para Coastal Carolina University, se formando em Teatro Musical. Depois foi para Radford University e mudou para Música. Então Comunicação. Em seguida, História. Acabou estabelecendo-se em História, mas mudou-se para Blacksburg, casou teve filhos.
Seu primeiro livro foi A Sereia, publicado em 2009 em uma edição independente. Em 2012, publicou o primeiro livro da série A Seleção, sendo o último publicado em 2015.
A história se passa num futuro onde os Estados Unidos foram destruídos e reerguido como uma monarquia, onde a sociedade é divida em castas – o nome teve origem em homenagem ao homem que livrou o país das guerras e deu esperança aos seus habitantes, Gregory Illéa.
O sistema de castas, tecnicamente, serve para organizar o país socialmente e economicamente, tendo em vista que cada grupo tem uma função específica. Toda vez que um herdeiro completa a maior idade é realizado uma Seleção, onde trinta e cinco garotas são escolhidas para ser a futura princesa, e posteriormente rainha, de Illea. A justificativa para que a escolhida seja filha de Illéa é que assim a nobreza oferece um tipo de esperança para seu povo.
A protagonista, América Singer, tem 16 anos e pertence a casta Cinco, mais conhecidos como os artistas da sociedade. Ela tem belos cabelos ruivos, chamando atenção por sua beleza peculiar, mesmo sendo de uma casta simples. Mora com seus pais e seus dois irmãos mais novos, May e Gerard. Tem mais dois irmãos mais velhos Kenna, que se casou e mora com seu marido, e Kota, que ficou famoso com uma escultura e foi viver sozinho.
Participar da Seleção estava fora de cogitação para América, a única pessoa que poderia convencê-la (e o fez) era Aspen Leger, seu namorado. Apesar do amor, os dois eram de castas distintas, e mesmo ele sendo uma casta abaixo dela (Seis) socialmente e economicamente era uma diferença muito grande. América estava disposta a fazer de tudo para estar com o amado, mesmo sabendo das consequências em se tornar uma Seis.
Era assustador me expor daquele jeito, deixar absolutamente clara a profundidade da minha paixão. Ele sabia o peso das minhas palavras. Mas, se minha vulnerabilidade o deixava mais forte, valia e pena. Seus olhos procuraram os meus. Se Aspen procurava dúvida, estava perdendo tempo. Ele era a única certeza na minha vida.
(Página 61)
Muito trabalhador, Aspen cuidava de sua mãe e seus seis irmãos desde que seu pai morrera. A casta Seis era composta por serventes e o esforço que eles fazem dificilmente é recompensado em dinheiro. Ele sabia disso e presava pelo bem estar de América e por achar que não poderia dar o suficiente terminou com ela.
Após alguns dias, América é surpreendida ao ver seu nome como uma selecionada para o concurso. Participar da Seleção tinha alguns pontos positivos, além de ajudar sua família financeiramente, poderia ser uma forma de superar a perda de Aspen. Agora América Singer é uma Três.
Realmente era difícil para ela seguir em frente, ir para tão longe e tão diferente da sua, até então, realidade. América acreditava estar em convívio com muitas garotas de outras castas e toda nova rotina iria facilitar sua estadia no castelo. Certamente não foi o que aconteceu: havia boas amizades, como a de Marlee Tames, uma Quatro, (favorita pelo povo), mas também havia garotas dispostas a muito como Celeste Newsome, uma Dois.
América também estava convicta de que não iria se apaixonar pelo príncipe, e que a qualquer momento estaria pronta para voltar para casa. Essa foi um ponto que ela não esperava.
O príncipe, Maxon Schreave, é filho único do Rei Clarkson e da Rainha Amberly. Ao contrário do que América imaginava, o príncipe é mais do que a televisão mostrava: travado e vaidoso. Ela descobriu um Maxon paciente e bondoso.
Com o tempo, os dois se tornam bons amigos e América conta seu segredo, o real motivo para estar participando da Seleção. Apesar da protagonista deixar claro que seus sentimentos estão longe de corresponder aos do príncipe, Maxon não desiste e aos poucos vai cativando América. Talvez tivesse conseguido, caso Aspen não tivesse reaparecido como guarda do palácio e confundido o coração da moça.
📚 Concluindo…
Kiera Cass soube articular muito bem esta trama, com certo suspense e um romance nem um pouco enjoativo, a autora conseguiu criar uma ótima distopia. A narrativa na primeira pessoa (na voz de América) nos aproxima da protagonista e em todo o enredo é fácil e gostoso de ler.
Uma pergunta difícil de responder. Por acaso eu desejaria uma vida que nunca quis? Estaria disposta a vê-lo em encontros alegres com as outras apenas para se certificar de que não estava errado? A assumir a responsabilidade de princesa? Eu queria amá-lo? – Sim, Maxon – sussurrei. – É possível. (Páginas 279)
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