Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto. America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer e ela está prestes a perder sua chance de escolher.
Título: A Elite – A Seleção #2 🔹 Autor (a): Kiera Cass 🔹 Editora: Seguinte 🔹 Ano: 2012 🔹 Páginas: 360 🔹 Classificação: 5/5
No primeiro livro, A Seleção (resenha aqui), Kiera Cass apresenta um país onde o sistema de governo é a monarquia e a sociedade é dividida em castas. Quando o herdeiro completasse a maior idade é organizado um evento chamado de “Seleção”, onde 35 garotas eram escolhidas para ver quem se torna a futura princesa de Illéa.
Participar do concurso estava longe de ser um dos desejos de América Singer, uma Cinco, mas após os pedidos de seu namorado, Aspen Leger, ela aceita enviar o formulário de inscrição. Para sua surpresa acabou sendo escolhida entre as 35 garotas.
Para América a Seleção acabou sendo uma ótima válvula de escape, principalmente depois que Aspen terminara com ela. O que ela não esperava era se envolver com o príncipe, Maxon, e avançar para a próxima etapa.
A Seleção não era mais uma coisa que me acontecia; eu era parte ativa dela. Era da Elite. Afastei os cobertores e saltei naquela manhã. (A Seleção, página 357)
Após alguns ataques de rebeldes ao Palácio, Maxon decide por mandar as garotas que ele não via como um futuro para casa, assim reduzia o grupo a seis garotas, formando A Elite. Cinco das garotas ficaram pois agradavam politicamente ou socialmente (favorita do público, afeição com a mídia, contatos com outros países e outros), mas América não tinha nenhuma dessas vantagens. Na verdade, ela tinha a maior de todas: o favoritismo (e por que não amor) de Maxon.
Para América avançar uma etapa no concurso não tornaria as coisas mais fáceis. Após o reencontro com Aspen, seus sentimentos estão cada vez mais confusos. Um amor de quase dois anos, repleto de companheirismo e esperança não poderia ser suprimido rapidamente. Em contrapartida, Maxon não media esforços para fazer o melhor e conquistar o coração de América. Essa última parte é a mais complicada, afinal o príncipe vinha com uma coroa (e suas responsabilidades).
Mas o problema é: Maxon não me pertencia, para começo de conversa. Havia mais outras cinco meninas comigo – meninas com quem ele saia e cochichava coisas -, e eu não sabia o que pensar disso. E também havia o fato de aceitar Maxon significava ter que aceitar uma coroa, uma ideia que eu tendia a ignorar, até por não saber ao certo como isso me afetaria… (Página 8)
Desde que tinha visto Aspen pela primeira vez no Palácio, América soube que seus sentimentos voltariam com toda força, e lógico que ele também fez questão de mostrar que ainda a amava. Desde o início da Seleção América dispensara suas criadas durante a noite, e desde o seu retorno, Aspen tornou-se guarda dela. Isso facilitou bastante o contato entre os dois. E dificultou a clareza de “escolha” de América. Mesmo assim, Maxon possuia maior liberdade e mantém América ao seu lado o máximo que pode, ainda que não saiba os segredos que ela guarda e contribui para afastá-lo.
Afim de agradá-la, Maxon faz uma festa de Hallowen. A festividade tinha sido abolida do calendário desde que começara o reinado de Gregory Illéa e os dois de fato não sabiam o que era até o dia que América o questionou sobre o feriado (que conhecia de um dos livros antigos que o pai tinha). Para isso, Maxon mostrou a ela uma sala que continha diversos livros e informações sobre o passado. Maxon deu a América mais que sua confiança, mas a prova de seu afeto por ela. Na ocasião, ele lhe emprestou um diário do “fundador” do país. Certamente um ato proibido, até mesmo para ele, que era da nobreza.
Ao anunciar a festa de Halloween para todos, Maxon também deixou uma surpresa. Além da novidade da festividade em si, as seis meninas receberiam seus familiares. Já para América, aquele evento significou muito mais. Havia promessas, um futuro e uma certeza.
Porque então eu era dele. Eu sabia. Nunca estive tão certa. (Página 95)
O que aconteceria após a festa ninguém esperava e certamente não ajudou América em nada (queria muito contar, mas acho que vale o suspense. Além do mais as incertezas dos sentimentos de Maxon em relação à ela e outras garotas se tornava cada vez mais insuportável. Principalmente quando ficou nítido de que Kriss tinha um espaço significativo no coração do príncipe.
Talvez as coisas tivessem saído minimamente como esperado se América não tivesse visto Maxon e Celeste se pegando (sim, se pegando! Nos amassos). Essa visão tirou a garota do sério, levando-a ao ápice. Para ela, naquele momento tudo havia acabado. Para completar o acontecimento resultou na maior loucura que América poderia fazer.
América precisava desenvolver um projeto filantrópico, funcionava como um teste. A decepção com a atitude do príncipe resultou em um projeto que desagradou totalmente o rei.
América pode até continuar na competição, mas não é a mais querida pelo Rei, e se já era complicado no início, agora ela enfrentará muito mais para permanecer com Maxon.
📚 Concluindo…
Mais uma vez Kiera Cass me surpreender. A leitura fácil e o enredo nas medidas certas de sentimentos, por assim dizer. A autora direcionou a história para outro lado, distanciando de alguns fatos do primeiro livro, ela nos transportou para a Elite. Mais uma vez minha nota é a máxima.
– E tem mais – Maxon olhou para o tapete na tentativa de organizar as suas ideias. – América, não existe nenhuma dúvida de que você ganhou meu coração desde o começo. Você já sabe disso a essa altura. (Página 343)
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