Romance • Ficção | 📘 A Biblioteca da Meia Noite • Autor (a): Matt Haig • Editora: • Ano: 2021 • Páginas: 308 • Avaliação: ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ 🤎
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Esse foi meu primeiro contato com o autor e eu acho que não poderia ter feito melhor escolha.
Em A Biblioteca da Meia-Noite, conhecemos Nora Seed, uma mulher que se encontra em um momento delicado da sua vida, questionando suas decisões e o caminho que trilhou. Definitivamente uma obra que nos convida a refletir sobre a vida, as escolhas e os infinitos "e se...".
“Entre a vida e a morte, há uma biblioteca", disse ela. “E dentro dessa biblioteca, as prateleiras não têm fim. Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido. De ver como as coisas seriam se tivesse feito outras escolhas… você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo de que se arrepende?”
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Vinte e sete horas antes de decidir morrer, Nora Seed estava sentada em seu sofá velho e rasgado, rolando feed e acompanhando a vida feliz de outras pessoas esperando que algo acontecesse. E, então, do nada, algo de fato aconteceu.
Nora Seed, tem 35 anos e está vivendo por viver.
Já não tem mais os pais vivos e se distanciou de todos que ama, como seu irmão, Joe, sua (ex) melhor amiga, Izzie e seu ex-noivo, Dan. Ela agora só pode contar com a boa e silenciosa companhia do seu gato, Voltaire ~ Volts. Ou pelo podia…
Depois de uma sucessão de acontecimentos ruins, Nora está sem chão: desempregada, solitária e atormentada por arrependimentos, decidida que sua vida não vale mais a pena ser vivida.
Em um ato de desespero, ela tenta o suicídio, mas acaba indo para um lugar misterioso: a Biblioteca da Meia-Noite. Confusa, Nora encontra uma antiga conhecida, a mulher que se apresenta como a bibliotecária é muito parecida com a Sra. Elm, que fora bibliotecária da sua escola há 19 anos.
Nessa curiosa biblioteca, com uma quantidade, aparentemente infinita, de livros ~ e todos em tons de verde ~ a Sra. Elm começa a explicar o que é a Biblioteca da Meia Noite, esse lugar onde o tempo não passa, mas que Nora tem a chance de viver outras vidas.
Assim, ~ meio que obrigada pela Sra. Elm ~, a cada livro que abre, Nora é transportada para uma realidade paralela, onde ela pode experimentar diferentes cenários da sua vida, descobrindo como seria se tivesse casado com Dan e juntos construído o próprio pub; o que aconteceria se ela tivesse ido para Austrália junto com Izzie; ou se tornado uma glaciologista de renome; ou uma nadadora olímpica, uma roqueira famosa, dona de uma vinícola. E muito mais.
— Talvez eu tenha empatado. Talvez eu esteja empatada em todas as vidas. Quer dizer, talvez eu seja si mesmo. Uma estrela do mar continua sendo uma estrela do mar em todas as vidas. Não existe uma vida em que uma estrela do mar seja professora de engenharia aeroespacial. E talvez não exista uma vida onde eu não esteja empacada.
Desde o início, a Sra. Elm explica para Nora que a Biblioteca da Meia-Noite é como se fosse um espaço tempo onde ela não está viva, mas também não está morta. E o objetivo dela conhecer essas possíveis vidas, servia para encontrar a “vida ideal”. Com sua sabedoria serena, observa pacientemente a jornada de Nora, oferecendo-lhe apoio e conselhos enigmáticos, mas sempre a incentivando a continuar buscando.
Em cada nova vida, Nora experimenta momentos de felicidade e realizações, mas também se depara com desafios e frustrações que a fazem questionar se aquela é realmente a vida ideal.
E a cada decepção, Nora retorna à Biblioteca da Meia-Noite, buscando uma nova chance, uma nova vida que possa preencher o vazio em seu coração. Até que ela encontra uma versão dela que realmente deseja estar, permanecer.
Mas será que é mesmo essa vida vai durar para sempre?
— Tudo faz sentido. Você voltou desta vez não porque queria morrer, mas porque quer viver. Esta biblioteca não está ruindo porque quer matá-la está ruindo para lidar uma chance de retornar. Algo decisivo finalmente aconteceu. Você resolveu o que quer ficar viva. Agora vá, viva, enquanto ainda tem a chance.
☕ Avaliação:
⭐⭐⭐⭐⭐🤎
A Biblioteca da Meia-Noite realmente me envolveu desde a epígrafe.
Sylvia Plath (1932-1963) foi uma poetisa e escritora americana, considerada uma das principais vozes da poesia confessional. Sua obra, marcada por temas como a morte, o sofrimento e a busca por identidade, é intensa, visceral e muitas vezes perturbadora.
A epígrafe de A Biblioteca da Meia-Noite é um trecho de seu diário, escrito em 18 de outubro de 1959, que de fato, estabelece uma conexão ainda mais profunda com a temática do livro. Além disso, tanto Sylvia Plath quanto a protagonista lutam contra a depressão e a sensação de deslocamento no mundo. A obra da poetisa, muitas vezes autobiográfica, explora a dor e o sofrimento de forma crua e honesta, assim como o livro de Haig aborda a luta de Nora contra seus próprios demônios internos.
Ela era antimatéria, com um toque de autopiedade.
A premissa de explorar infinitas possibilidades de vida através de uma biblioteca “mágica” é, no mínimo, tentadora.
Talvez a gente não pense diretamente como um arrependimento “como seria minha vida se tivesse feito escolhas diferentes?”, mas com certeza sonhamos com frequência em uma vida ~ muito, às vezes um pouco ~ diferente da que temos.
— A vida é estranha — disse ela. — O jeito como a vivemos toda de uma vez. Numa linha reta. Mas esse não é o todo, na verdade. Porque a vida não é feita só das coisas que a gente faz, mas das coisas que a gente não faz também.
📌 Nota pessoal: poderia ser uma frase da Sra. Elm, mas é da Nora mesmo 😄
O enredo é criativo e instigante, com reviravoltas que me mantiveram presa à história. Gostei de ter capítulos curtos e não muito longos. Como eu costumo ler nos meus intervalos durante a semana, facilitou a leitura, mas confesso que às vezes foi difícil voltar ao trabalho 😅
O desenvolvimento de Nora ao longo da história foi perfeito ao meu ver. Eu acredito que ela percebeu o problema da vida raiz dela no início, mas como ser humano só admitiu de verdade, para si mesma, bem depois ~ típico, não é mesmo?
Eu tenho lido muito livros na primeira pessoa ~ por mais que tenham mais de um narrador ~, então a narrativa em terceira pessoa me proporcionou uma sensação “nova”. Sem mencionar que a escrita de Haig é fluida, envolvente e poética. Ele tem um talento especial para criar diálogos que nos fazem pensar sobre a vida de uma maneira nova.
Além disso, a forma como ele aborda temas complexos como depressão, suicídio, a busca por felicidade e sobre não carregar os sonhos e fardos dos outros é sensível e respeitosa, sem nunca ser superficial ou simplista.
Mas, naquela navio, ela se deu conta de uma coisa. Ela havia amado os pais mais do que imaginara, e, ali mesmo, ela os perdoou completamente.
A Biblioteca da Meia-Noite é um livro que me conquistou por completo, sem dúvidas, merecendo cinco estrelas e um lugar especial entre meus favoritos do ano!
Embora alguns possam classificá-lo como autoajuda, eu o enxergo como uma ficção com um tema profundamente reflexivo e diálogos bem construídos.
Inclusive, vi que rolou um burburinho nas redes sobre a opinião do Felipe Neto a respeito do livro, mas sinceramente? Cada um tem sua própria experiência com a leitura, né? 💁♀️
Eu acho que definir se esse livro é ~ ou não ~ de autoajuda vai depender do estado de espírito de cada um e experiências pessoais. No meu caso, a leitura foi leve, e por mais que talvez exista uma biblioteca da meia noite só para mim e que exista um "livro dos arrependimentos", hoje, certamente ele não chega aos pés do livra de Nora.
— É só que… eu não entendo a vida — queixo-se Nora. — Você não precisa entender a vida. Precisa apenas vivê-la.
Sobre o autor
O britânico Matt Haig é um autor best-seller aclamado por suas obras que exploram temas como saúde mental, felicidade e o sentido da vida. Sua escrita é sensível e profunda, definitivamente conquistando meu coração 🤎
Sua carreira literária teve início em 2004, com a publicação de seu primeiro romance ficcional, The Last Family in England (sem edição em português). Desde então, Haig tem cativado leitores com personagens complexos e histórias envolventes que transitam entre a ficção e a não-ficção, abordando temas como saúde mental, felicidade e o sentido da vida. Sua escrita acessível e inteligente conquistou um público fiel, que se identifica com a forma como ele aborda questões sensíveis.
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📖 Sinopse: Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.
Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica... enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?
Em A Biblioteca da Meia-Noite , Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida.
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